Espero que esse cantinho da internet seja agradável para vocês! Essa é a primeira edição da newsletter e vou contar um pouco do que fiz no mês de janeiro.
Pra começar, acho que eu não sou exceção, mas janeiro foi um mês meio estranho. Sem contar o cenário de pandemia e caos político que influenciam em tudo, minha relação com desenho esse mês foi um pouco turbulenta. Eu não estou gostando de desenhar em nenhum dos cadernos que eu tenho em casa (ou o papel é muito duro e mais voltado para arte final ou o formato é desconfortável etc), e por isso acabei fazendo a maioria dos meus testes e estudos no digital. O que não é necessariamente ruim, mas eu sinto que eu acabo sendo mais crítica e menos criativa porque eu posso apagar tudo facilmente e não precisar "lidar com os erros" da forma como o papel pede.
Sendo assim, vamos ao que interessa?
Esse foi o primeiro desenho que eu fiz. Eu tenho muita vontade de aprender a desenhar cenários, e minha grande dificuldade está entre aprender luz e sombra, perspectivas e toda a parte mais "realista" antes de tentar algo mais estilizado. Mas olha só, minha trajetória de aceitação do meu desenho tinha como base o fato de que eu não sei desenhar coisas de forma realista. No passado foi libertador, mas sinto agora que isso virou um impedimento para o meu crescimento.
O que eu gosto sobre essa ilustração foi que eu persisti um tempo nela, mesmo sendo um teste. Eu queria entender mais os pincéis disponíveis, as texturas possíveis e não necessariamente o resultado final. Tem algo nela que eu quero explorar no futuro.
Ainda no tema de cenários, paisagens e arvores, eu quis tentar algo que tivesse algum personagem no meio. E aqui, amigos, minha insatisfação foi em colorir. Eu não sei pintar, as cores não estão contrastando bem, mas eu tentei finalizar. O que eu gosto nela foi que eu tentei usar outra cor para os contornos.
Depois de algum tempo, eu peguei algumas fotos de natureza morta e tentei pintar digitalmente. Tentei lembrar das aulas de pintura que eu tive na adolescência, tentei ir do claro pro escuro etc, mas no fim acho que eu não tive a paciência necessária pra fazer com calma. Acabou que eu saí ainda mais convencida que eu preciso fazer as pazes com o desenho realista e que ele tem muito pra me ensinar.
Tem uma artista que eu admiro muito que chama Molly Mendoza. Eu acredito que ela tenha um equilíbrio entre realismo e abstração que me inspiraram a fazer os próximos desenhos. Usar cor e textura de forma mais "bruta” pra chegar perto do “realismo” que eu tenho tão medo mas ao mesmo tempo procurar outra forma de pintar.
Essas foram as coisas que produzi e pensei durante janeiro. Sintam-se à vontade pra me responder se quiserem falar mais, trocar referências, etc. Quero que esse espaço seja uma conversa :)
Que fevereiro seja um pouco melhor para todos nós!
Se cuidem!
beijos,